Influenciadores, Jovens e Política na América Latina

A pesquisa realizada pelo InternetLab com apoio do Luminate Group investigou como jovens latino-americanos de 16 a 24 anos se relacionam com influenciadores e conteúdos digitais nas redes sociais, especialmente no que tange à formação de opinião e percepções políticas. O estudo foi realizado com 350 jovens em cinco países (Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e México), incluindo questionários e grupos focais, além de entrevistas com influenciadores e especialistas do setor.

Objetivos principais:

  • Mapear os influenciadores mais populares entre jovens da América Latina;
  • Compreender como os jovens consomem e interagem com conteúdos de influenciadores;
  • Investigar os critérios que levam os jovens a seguir ou deixar de seguir influenciadores;
  • Analisar como os jovens percebem o uso das redes sociais por políticos.

Principais achados:

Os jovens expressam ambivalência sobre a carreira de influenciador: veem vantagens (autonomia, fama, ganhos) e riscos (hate, autoexploração, instabilidade).

TikTok é a rede social mais utilizada como fonte de informação, superando Google e YouTube para muitos jovens.

Instagram é a rede de maior uso diário no Brasil (96%), seguido por TikTok (87%) e YouTube (57%).

O ecossistema de influenciadores é altamente pulverizado e baseado em nichos.

A proximidade e autenticidade são características centrais valorizadas nos influenciadores, que frequentemente compartilham aspectos da vida cotidiana, utilizando humor e empreendedorismo como elementos de engajamento.

Há uma distinção entre influenciadores nativos-digitais, celebridades locais/globais e políticos-influenciadores, que adotam estratégias semelhantes para captar atenção, como lives, dancinhas e memes.

Políticos da direita populista, como Bolsonaro, Milei e Bukele, se destacam entre os jovens nas redes, muitas vezes impulsionados por algoritmos de recomendação.

A pandemia teve papel crucial na expansão dos influenciadores, oferecendo refúgio emocional, entretenimento e alternativas de renda a jovens em isolamento.

Influenciadores que “vieram de baixo” geram maior identificação com os seguidores, por compartilharem experiências sociais semelhantes.

Acesse a pesquisa aqui.