Escola que Protege: Dados sobre Bullying e Cyberbullying

O 2º Boletim Técnico “Escola que Protege: Dados sobre Bullying e Cyberbullying” (MEC, 2025), elaborado pelo Ministério da Educação com apoio do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e da UFPR, reúne dados atualizados sobre bullying e cyberbullying nas escolas brasileiras, com o objetivo de subsidiar políticas públicas, orientar práticas pedagógicas e fortalecer as estratégias de prevenção e enfrentamento das violências escolares. São alguns dos destaques do boletim:

  • Panorama nacional: Mais de 2,9 mil ocorrências de bullying e cyberbullying com vítimas entre 0 e 19 anos foram registradas em 2024. Entre elas, 15,7% foram classificadas como cyberbullying — número que pode ser ainda maior devido à subnotificação e ausência de padronização em alguns estados.
  • Vulnerabilidades interseccionais: Dados revelam que meninas, pessoas negras e LGBTQIA+ estão entre os grupos mais afetados. Estudantes trans e travestis, por exemplo, relataram índices alarmantes de insegurança, depressão e evasão escolar.
  • Ambiente digital: O cyberbullying cresce com força entre adolescentes, especialmente na faixa dos 12 aos 15 anos, exigindo respostas específicas para o ambiente virtual. A nova Lei nº 14.811/2024 tipifica o cyberbullying como crime no Código Penal.
  • Percepção institucional: O percentual de escolas que relatam ações sobre bullying subiu para 77,9% em 2023, mas essas iniciativas ainda são pouco integradas às práticas pedagógicas. Há também lacunas significativas de diagnóstico, sobretudo em escolas do campo, indígenas e quilombolas.
  • Desafios estruturais: Persistem problemas como subnotificação, baixa eficácia nos encaminhamentos, falta de integração entre escola e rede de proteção e desigualdade territorial de resposta institucional.

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