Saúde sexual e reprodutiva: o que dizem as mulheres da Maré

A pesquisa realizada pela Redes da Maré (Casa das Mulheres da Maré), em parceria com o projeto Onda Verde, a Anis – Instituto de Bioética e o IPEC – Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica, apresenta um retrato inédito e aprofundado das condições de saúde sexual e reprodutiva de mulheres e pessoas que gestam nas favelas da Maré (RJ). Conduzido entre 2023 e 2024, o estudo combinou metodologias quantitativa e qualitativa, incluindo 504 entrevistas com mulheres de 18 a 39 anos e rodas de conversa com 34 interlocutoras.
Os resultados revelam um cenário marcado pelo acesso precário a métodos contraceptivos, negligência nos serviços públicos de saúde e alta incidência de abortos realizados em contextos de vulnerabilidade. A criminalização do aborto, a violência obstétrica e o racismo institucional se destacam como barreiras estruturais à autonomia reprodutiva das mulheres da Maré.

Ancorado na perspectiva da justiça reprodutiva — que articula os direitos sexuais e reprodutivos à justiça social — o estudo propõe recomendações para qualificar as políticas públicas e ampliar a presença do Estado em territórios populares, valorizando os saberes locais e o protagonismo das mulheres faveladas.

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