Se não agora, quando? Se não nós, quem seria? Quilombolas do Cumbe na confluência dos sonhos

A cartilha elaborada pelo Centro Brasileiro de Justiça Climática (CBJC) apresenta o caso do Quilombo do Cumbe (Aracati/CE) como símbolo da luta contra os impactos sociais e ambientais da expansão de usinas eólicas e solares em territórios tradicionais. Com base em vivências, desenhos e narrativas da própria comunidade, a publicação denuncia a chamada “transição energética” como um processo que, sob lógica extrativista, gera conflitos territoriais, ameaça a saúde coletiva, enfraquece culturas ancestrais e aprofunda o racismo ambiental.

A obra propõe uma visão crítica e poética da resistência quilombola, articulando justiça climática, equidade étnico-racial e soberania territorial. Ao valorizar práticas como a pesca artesanal, o turismo comunitário, a mariscagem e os saberes do território, o documento afirma o Cumbe como um projeto civilizatório vivo — onde tradição e utopia se encontram para construir futuros sustentáveis com autonomia e dignidade.

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